20 de agosto de 2012

Governo corta despesa de "software" em 4,5 milhões de euros!

"O Governo reviu a autorização de despesa de 9,3 milhões de euros em "software" Microsoft no Ministério da Administração Interna, cortando-a agora para 4,8 milhões, uma redução de mais de 4,5 milhões.
 
Em Fevereiro último, o Executivo, em conselho de ministro, autorizou o procedimento relativo às “aquisições necessárias e inerentes ao processo de licenciamento Microsoft dos serviços e organismos do MAI pelo período de três anos”, no âmbito do Acordo Quadro de Licenciamento de Software em vigor.

Nessa altura aprovou uma despesa de 9.301.383 euros mais IVA à taxa legal em vigor, como havia noticiado o Negócios.

Agora, em Diário da República, o Governo faz saber que “o referido procedimento ficou deserto, pelo que se procede agora à revogação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 15/2012, de 10 de fevereiro, realinhando os objectivos nela previstos”.

Assim, o Governo cancelou “todos os contratos de manutenção de software existentes, correspondendo somente à aquisição, em 2012, das licenças necessárias”.

Com esta alteração, a despesa autorizada é de 4.876.360 (quatro milhões, oitocentos e setenta e seis mil e trezentos e sessenta euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor.

No mesmo diploma detalha que este corte “resulta de uma intervenção do MAI, com o apoio do Grupo de Projecto para as Tecnologias de Informação e Comunicação, tendo sido possível reduzir os custos com a aquisição de software”.

"A Microsoft adapta-se à realidade dos seus clientes e tentará adequar-se sempre e jamais abandonará um cliente, mesmo que este não tenha contrato", disse fonte da Microsoft ao Negócios.

Quanto a futuros investimentos, o Executivo diz que “o MAI irá proceder à avaliação das tecnologias existentes, comparando os seus custos diretos e indiretos, bem como procede preferencialmente à implementação de soluções em software aberto”.

Após a aprovação em conselho de ministros, a ESOP - Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas veio criticar o compromisso assumido pelo Governo português para renovação das licenças de software da Microsoft usado no Ministério da Administração Interna."