25 de setembro de 2009

Evento sobre Open Source ou auto-promoção de players?

Foi com alguma tristeza que saí do VII Encontro Nacional sobre Tecnologia Aberta.

Evento marcado pela promoção massiva dos players envolvidos na organização, dos seus produtos e serviços, com a excepção das apresentações da RedHat e da ANSOL.

De se tirar o chapéu à RedHat que conseguiu transmitir as vantagens do Open Source quase sem falar da própria marca. Por outro lado, Rui Seabra, apesar de algum nervosismo, excedeu-nos nas expectativas ao apresentar o portal de pesquisa às despesas do Governo e os números envolvidos na renovação de licenças de software proprietário...

Creio que, em tempos de crise, teria sido interessante apresentar mais casos de sucesso, mais uma vez apresentados pelo cliente final e não pelos promotores.

O programa está a tornar-se repetitivo, relativamente a anos anteriores, e só tiveram auditório cheio pela adesão de escolas secundárias.

À tarde meia sala - tanto da audiencia como nas mesas do palco contavam-se as cabeças…

Os expositores no átrio da entrada são os mesmos todos os anos. Será que não há mais ninguém a trabalhar o Open Source? Há com certeza, até pelas intervenções da plateia…

Esperava-se ainda maior debate, mais caloroso, como em anos anteriores, nomeadamente entre a assistência e a própria Microsoft - talvez por que grande parte da plateia eram os jovens do ensino secundário, talvez por que o interesse causado pelas apresentações matinais não convenceu o público, ou talvez este encontro esteja a perder o ímpeto dos primeiros pela falta de criatividade da organização, talvez...

Não se percebe. Vejamos os interessados: em primeiro lugar seria a própria ANSOL, a Sybase e a Caixa Mágica. Quorum mais do que suficiente para organizar um evento nacional - não acham?

Cá fora, foi pena que por falta de meios técnicos - um simples microfone - as empresas representadas não conseguiram reunir o interesse para além de 2 filas de cadeiras nas apresentações dos seus produtos, estes sim, produtos de inovação nacional e com boa possibilidade de internacionalização.

Enfim, os desabafos de quem tem acompanhado estes encontros desde 2003.

Ricardo Oitavén

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